10.12.05

Cânticos Natalícios



















E porque há vida para além da Madonna, Robbie Williams e outros actos terroristas, cinco discos de música pop que me deixam desconfortavemente bem com a vida:

Odelay, de Beck (1996): a resenha de uma vida de absorção da mais profunda americana, onde a contry folk combate o hip-hop e o rock mais bluesy no aparelho digestivo dos guetos de Los Angeles. O feel-good album dos anos 90, em estado de graça.

Doolittle, dos Pixies (1989): Un Chien Andalou, do Buñuel. Para todos os outros, Debaser.

Elephant, dos The White Stripes (2003): e será preciso mais do que uma bateria, uma guitarra, muitos pedais e dois alienados?

Beautiful Maladies, de Tom Waits (1998): a colectânea que reúne o melhor dos anos passados a gravar para a Island Records pelo maior músico americano das últimas 2 décadas é fundamental, e quem não a possui contribui irremediavelmente para o embrutecimento geral da espécie humana.

Ladies and Gentlemen, we are floating in space, dos Spiritualized (1997): ninguém sabe se é a uma beleza caótica ou o caos do belo, sabe-se apenas (e está cientificamente demonstrado) que é o melhor album alguma vez gravado.

Menções honrosas:
Le Temps des Gitans, de Goran Bregovic (1990)
Homogenic, de Björk (1997)
Felt Mountain, dos Goldfrapp (2000)
Antichrist Superstar, dos Marilyn Manson (1996)
Fly or Die, dos N*E*R*D (2004)
Henry’s Dream, de Nick Cave & The Bad Seeds (1992)
The downward spiral, dos Nine Inch Nails (1994)
Screamadelica, dos Primal Scream (1992)
OK Computer, dos Radiohead (1997)
Rage Against the Machine (1992)
Agaetis Byrjun, dos Sigur Ros (2000)
Pre-millennium tension, de Tricky (1996)
Gorillaz (2001)
Franks Wild Years, de Tom Waits (1987)

Exercício semelhante para cinema em data a determinar pela minha volúvel vontade.

3 Comments:

At 1:33 da tarde, Blogger Ulisses Martins said...

Radiohead é muito interessante sim senhor. :-)

 
At 12:23 da manhã, Anonymous Anónimo said...

És capaz de me levar o "Ladies and Gentlemen, we are floating in space", antes que tenha que de dar largas à minha imaginação, em novas formas de agressão não fisica?

 
At 12:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

a lista esperada... faltaram ainda alguns lugares comuns...para ter um toque realmente intelectual, talvez um John Zorn... digo eu!!!

t

 

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