Espiritualizados
Os Spiritualized nasceram algures no início dos anos 90, das cinzas dos Spacemen 3 e da inspiração quimicamente alimentada de Jason Spaceman. Após dois primeiros albuns razoavelmente bons, lançaram uma obra-prima absoluta (talvez em 1996, não tenho pachorra para confirmar nem tal é importante num disco intemporal): Ladies and Gentlemen, we are floating in space. Não se pode sair ileso de um disco destes, e como os Spiritualized já nele haviam entrado em estado pouco recomendável seria demais esperar grandes feitos posteriores… ainda agonizaram com um duplo ao vivo e espernearam em dois albuns de originais de interesse decrescente. E embora “interesse decrescente” no universo Spiritualized seja equivalente ao que de melhor a maioria das bandas consegue fazer, o caminho tornou-se mais e mais estreito, e por estes dias Jason Spaceman limita-se a calcorrear a Grã-Bretanha numa espécie de apresentação saltimbanca das pérolas dos Spacemen 3 e Spiritualized num deprimente acústico, enquanto a banda, ainda que não oficialmente defunta, vegeta numa letargia da qual provavelmente não mais sairá.
E é por isso que, durante os próximos dias, este blog se dedicará exclusivamente a uma homenagem antecipadamente póstuma a esta banda moribunda.Para começar, Come Together (do citado Ladies and Gentlemen…) em versão sem rede, no Later de Jools Holland.
1 Comments:
Porquê tanta gente a morrer em palco? Antes Ian Dury (lado b, proposta de Nuno Galopim)que também tem uma óptima secção de metais e sempre é menos fúnebre; depois aconselho um search no google para Fred Astaire...o dia do salto ao eixo free style já acabou, mas pequenas comemorações ao longo do ano sabem sempre bem! Hit me, hit me with your rythm stick!
Um abraço!
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